sexta-feira, 11 de junho de 2010

Plumas aos Ventos

Plumas negras repousam sobre a superfície azul
Asas de um pavão?
Não.
Asas de um sonhador coração.

Quando o céu chorar aos prantos, suas lágrimas amargas corroerão o azul do pano estendido, oh belo céu.
Quando o céu chorar aos prantos, as cores serão borrões desfigurados no que um dia fora um belo céu.
O algodão das nuvens adoecerá, escuro e úmido.
A voz dos deuses ecoará, em um trovão.
As luzes dançarão enfurecidas, enquanto relampear.
E quando o céu chorou aos prantos, eu, um solene anjo, cruzei o furioso céu e caí. Conforme eu caía num infinito tempo e espaço, ansiava pelo choque contra o chão. E quando despertei desse entorpecente pesadelo, vi as asas negras de um anjo torto, as minhas asas negras!
Mas, quando o céu chorar aos prantos, caia, levante-se e minta para si mesmo como um anjo caído.
Voe, pois ainda terá teu par de asas!

6 comentários:

  1. Adorei seu blog.Estou te seguindo tbm ...SABE? Não temos como dar ordens ao coração e terminar por quem ele deve se apoixonar .Seria bem mais fácil assim.Bjs

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  2. Nossa, que profundo esse texto. Maravilhoso, sem palavras *-*

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  3. Muito bem escrito, nossa que pena que acabou o seu "pra sempre", mas sinceramente espero que você coloque suas asas e voe para escrever uma nova história.
    Parabéns pelo blog.
    beijos

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