quarta-feira, 2 de março de 2011

O Brasil é o País do Futuro

Abaixo trago-lhes um texto de um amigo meu, Caio Gevegir. Um texto que espero que leiam com as devidas vontade e atenção. Apreciem!

O que faz da gente uma nação?
Somos brasileiros todos os dias ou quando nosso país é campeão?
Ninguém lutou por nossa independência
Mas nós somos irmãos
Temos diferentes cores, culturas e religião
Mas somos irmãos
Criados a partir de uma mistura de várias idéias
Mas o que nos une como uma nação?
Vivemos reclamando do nosso país, mas do que ele feito?
É feito de nós, brasileiros, que sempre falamos bem do exterior, mas esquecemos de olhar pro nosso próprio umbigo
Reclamamos da corrupção, mas quem escolhe o governo é a população, e os governos, de certa forma, são reflexos da nossa nação
Cada país tem o governo que merece
Se não consegue enxergar, olhe bem o "jeitinho brasileiro" a nossa volta, do furo de uma fila à sonegação de uma dívida, isso não é corrupção?
Somos pessoas corruptas governadas por políticos corruptos
Mas a culpa não é nossa (ou é?), fomos criados assim, basta ver a forma como Portugal e Inglaterra nos dominavam
E até quando vamos seguir esse caminho?
Vamos esperar um político honesto? Como já falei: "O governo de um país é reflexo da população e um político é um membro do povo escolhido pelo povo
Então, a mudança tem que ser feita na base, na população, em nós, nas crianças, em todos...
O Brasil é o país do futuro
Mas não adianta pensar no futuro e esquecer o presente
Se quiserem ver mudanças, elas precisam começar a serem feitas agora!
Vamos pensar como uma nação
Um país hospitaleiro, bem humorado, festeiro, solidário e que faz piada com os próprios problemas
Mas não podemos fazer graça só da nossa desgraça
Você pode não gostar do Brasil, mas você nasceu aqui, e nada acontece por acaso
Não cuspa no prato em que come
Em vez de procurar o paraíso em outros lugares, tente construí-los aqui
Por uns instantes na vida, seja Brasil
E mande todas as outras influências para puta que pariu!

Por: Caio Gevegir Miguel Medeiros

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Zarpar

Olá. Após quase um ano fechado, este espaço alternativo composto por tantas diferentes e belas nuances está oficialmente reaberto para os sonhadores que buscam navegar no mar do abstrato.Sejam bem-vindos! Estou há tempos sem escrever, então perdoem-me por este texto experimental que lhes apresento hoje. Me dedicarei a contar histórias fictícias e metafóricas com mensagens ocultas, a princípio. Apreciem...


O homem tinha ouro e prata nos dentes, e cuspia palavras de baixo calão aos marinheiros.
Pobres subordinados.
As palavras imundas subiam aos céus e se misturavam às nuvens negras da tempestade.
Pareciam nuvens de fuligem.
No entanto palavras essas que não se dissipavam, conflitavam com os pensamentos altos de alguém.
Ah, aquele jovem.


Um cordão prateado amarrava-se a cada e todo pensamento do jovem sonhador. O cordão se rompia a cada berro do velho pirata que estava a zarpar no seu navio. O porto era triste, melancólico... A cidade arcaica de algum século passado, às costas, também. Pedras mortas compondo muros, ladrilhos partidos tecendo ruazinhas, nas paredes das casas a tinta velha escorria... E não sobrava mais cor.


Mas no porto onde o jovem desperdiçava o não-precioso tempo, sentado na beira do cais de madeira, ele via as cores dos panos que teciam o horizonte: laranja e vermelho do fim do dia sob nuvens tempestuosas, o azul artificial do mar aos pés de todas essas cores acima... Nos seus olhos negros como carvão estava refletido o último olhar dos deuses: o sol, que se punha. E brilhava tanto, aquele sol promissor...


E a noite em breve cairia sobre todos. Os ratos infestariam as ruas, as pessoas se esconderiam em suas casas, os piratas mais uma vez partiriam... Ah, o jovem queria partir.E de repente uma voz aconchegante acariciou-lhe os ouvidos... Uma voz suave, que ecoava e parecia vir do mar. Como se sereias cantassem a ele, ficara encantado.


-"Enfrente teus demônios, querido... Carregue a reluzente esperança no brilho de suas asas... Parta." - Palpitava o coração, como uma mãe que ele nunca tivera.


Levantou-se e correu, com os cabelos negros que nos ombros já formavam cachinhos a balançar contra o vento. Contra tudo e todos, ele corria à outra ponta do cais, para se unir à tripulação pirata que levantava a âncora. Ele escolhera navegar pelo mar da tranquilidade, escolhera mergulhar em águas perigosas, escolhera enfrentar noites tempestuosas, desfrutar de manhãs esperançosas à deriva...


Escolhera enfrentar a vida e vivê-la de sua maneira.